quarta-feira, 14 de novembro de 2012

Projetos Salitre e Baixio de Irecê recebem maior aporte de recursos do programa Mais Irrigação, lançado pela presidenta Dilma





Os perímetros públicos de irrigação em fase de implantação pela Codevasf na Bahia – Salitre, em Juazeiro, e Baixio de Irecê, em Xique-Xique – receberão, juntos, o maior aporte de investimentos públicos previstos no eixo das parcerias público-privadas do programa Mais Irrigação: serão R$ 472,7 milhões dentro do montante de aproximadamente R$ 1 bilhão distribuídos por oito projetos, isso sem contar os investimentos privados, que estão previstos em R$ 7 bilhões em todo o programa.
O Mais Irrrigação – um programa ambicioso formatado e coordenado pelo Ministério da Integração Nacional -, foi lançado nesta terça (13) pela presidenta Dilma Rousseff, no Palácio do Planalto, numa cerimônia que teve a presença do governador da Bahia, Jaques Wagner, único a discursar na solenidade. O programa prevê o investimento de R$ 10 bilhões em exploração agricultura e infraestrututra dos perímetros, sendo R$ 3 bi de recursos públicos, boa parte oriunda do Programa de Aceleração do Crescimento (PAC).
Serão 66 perímetros públicos de irrigação, divididos em quatro eixos de investimentos, totalizando 558 mil hectares em 16 estados do país, com o objetivo de dinamizar o desenvolvimento regional e o papel dos perímetros públicos de irrigação, potencializando a geração de emprego e renda.
No eixo 1, que lança uma novidade na exploração e gestão dos perímetros públicos de irrigação – as parcerias público-privadas na forma de Concessão de Direito real de Uso (CDRU) -, dos oito projetos, seis estão sob a responsabilidade da Codevasf: além do Salitre e do Baixio de Irecê, o projeto Nilo Coelho e o Pontal, em Petrolina (PE), e a primeira etapa do projeto Jaíba, em Minas Gerais. Os outros dois – Baixo Acaraú, no Ceará, e Platôs de Guadalupe, no Piauí, estão sob gestão do DNOCS.
“Hoje, ao lançar o Mais Irrigação, eu reafirmo um compromisso: nós vamos derrotar a seca e vamos usar para isso o que existe de melhor no mundo da tecnologia. Nós não vamos medir esforços. (…) A irrigação permanente e terras constantemente aproveitadas, sem sombra de dúvidas, são a melhor resposta para seca também. Nós queremos esse modelo bem sucedido e esperamos que ele se espalhe pelo Brasil, recriando oportunidades de produção e esperança”, disse a presidenta Dilma, que frisou a importância da articulação dos grandes produtores com os agricultores familiares, dentro do Mais Irrigação, de modo a que o pequeno produtor possa viver “com a renda de sua propriedade”.
“Com os recursos previstos no programa Mais Irrigação, poderemos alavancar e modernizar nossos projetos, além de implementar muitos outros projetos de irrigação, e com isso aumentar muito a produtividade dos perímetros – e, de alguma forma poder contribuir para diminuir a desiguldade desse país”, disse o presidente da Codevasf, Elmo Vaz.
“Nós vivemos um momento muito duro com a estiagem, uma das mais violentas dos últimos 50 anos; e portanto nós, governadores, como representantes do nosso povo, realmente mais do que palavras, sentimos uma ação objetiva de solidariedade e de impulso ao desenvolvimento do povo nordestino”, afirmou o governador Jaques Wagner.
Do total de área prevista para ser beneficiada pelo Mais Irrigação – 583 mil hectares –, 149.445 hectares estão na Bahia. No eixo 3 do programa, onde estão inseridos os perímetros da agricultura familiar e dos pequenos irrigantes, dois dos projetos estão na Bahia: Mirorós (2.095 hectares) e Estreito (2.735 hectares). Neste eixo, dos 27 projetos previstos, 25 estão no Nordeste e 11 estão sob responsabiliadde da Codevasf. Os investimentos públicos previstos são de R$ 1 bilhão. No eixo 4, perímetros que receberão investimentos para estudos e projetos, quatro estão na Bahia: Iuiu (30 mil hectares), Itapecuru/Cruzeiro (10,5 mil hectares), Mucambo/Cuscuzeiro (6 mil hectares), e Rio de Contas (2 mil hectares). Neste eixo, dos 18 projetos, 9 serão tocados pela Codevasf.
“Ao invés da indústria da seca, queremos a indústria da irrigação”, disse a presidenta Dilma citando Celso Furtado, idealizador da Sudene.

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