segunda-feira, 3 de setembro de 2012

BAHIA PODE TER PELO MENOS 4 USINAS DE ETANOL

O Baixio de Irecê talves será contemplada com 1 das 4  Usinas !

Na coluna passada, informamos que a EMBRAPA, mais precisamente a EMBRAPA SEMIÁRIDO, localizada em Petrolina, desenvolve vasto programa de pesquisas em estágio avançado e com resultados promissores com novas fruteiras, algumas de clima temperado, como maçã e pera, visando oferecer opções que permitam a necessária diversificação de culturas no contexto que se avizinha, qual seja,  o de aumento da oferta e demanda por terras irrigáveis nesta região baiana e nordestina, com os avanços e conclusão de obras em importantes perímetros irrigados, a exemplo dos projetos Salitre, Baixio de Irecê (ambos na  Bahia) e Pontal (PE).

O mercado não irá comportar, no médio prazo, espaço somente para as habituais produção de uva, manga e melão, entre  outras alternativas atualmente cultivadas, sendo imperioso diversificar  a pauta. No caso do etanol, abordado a seguir, será possível implantar ao menos mais 4 usinas somente nessas áreas do semiárido baiano.

Por seu turno, existem claras indicações de que projetos comprovadamente vitoriosos atualmente em andamento, em escala comercial, como é o caso da AGROVALE (produtora de cana, açúcar e etanol em Juazeiro, Bahia), podem  contribuir para encorajar a vinda de  empresas para investir em biocombustíveis na região, notadamente em etanol 1G e 2G ( primeira e segunda geração), de modo especial aqueles grupos empresariais que, provavelmente escaldados com a frustração das 2 últimas safras no Centro-Sul, buscam se instalar em locais   sob condições neutralizadores de eventos climáticos e com possibilidade de produção de matéria-prima durante todo o ano inteiro, evitando a habitual ociosidade do maquinário processador das usinas. Nesse cenário, que privilegia a irrigação, se destacam empresas do Sudeste e outras, mais novas, que estão na  empenhados na disputa pela obtenção da tecnologia de produção do etanol celulósico  (2G), como a GRAALBIO e a  Raízen (COSAN/SHELL).

No  caso concreto dos projetos exitosos, a revista “Cana Mix”,  de abril deste ano, com foco no setor sucroalcooleiro, assume que os números da AGROVALE “são um sonho para todas as usinas  sucroenergéticas  do Brasil, principalmente depois da quebra de   produtividade da última safra do Centro-Sul”. Em 2011, a empresa alcançou uma média de 91 toneladas por hectare, com cana de 1 ano, ante uma média de   82,5 e  77,6 toneladas por hectare, observadas no Sudeste e Centro-Oeste, respectivamente.

Os números das 2 últimas safras, ambas frustradas pelo clima, são, porém inferiores a estes: com efeito, se em 2011/2012, o Centro-Sul produziu apenas 60 toneladas/ha, o Nordeste, em anos secos, atinge algo como 55 toneladas/há ou menos.

Ressalte-se ainda a constatação de experiências em curso que registram produtividade agrícola entre 120 e 150 toneladas por hectare, em regime de irrigação, e que a EMBRAPA AGROENERGIA, poderá, em 7 a 8 anos, liberar comercialmente uma cana transgênica resistente ao estresse hídrico, a qual diminuirá consideravelmente as necessidades hídricas da lavoura, segundo informações do Pesquisador Hugo Molinari, daquela conceituada empresa. E posteriormente veremos que empresas tem potencial de investir.

Fonte: Bahia Econômica

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