Quem viveu o drama da ameaça de falta de água em virtude do iminente colapso da Barragem de Mirorós, há cerca de 3 anos atrás, certamente ainda comemora a chegada da Adutora do São Francisco.
Conhecida como Adutora do Feijão, a Barragem de Mirorós, localizada no Rio Verde operava em seu nível mínimo, devido a um longo período de estiagem nas cidades do semiárido baiano e ao crescente número de pessoas atendidas.
A situação ficou realmente grave quando a ANA (Agência Nacional de Águas) interrompeu o fornecimento de água para a irrigação e anunciou o racionamento para o abastecimento humano, trazendo grandes prejuízos para habitantes de toda a região.
A Adutora do São Francisco foi implantada em 2013, atendendo à diversas cidades da microrregião de Irecê, dentre elas Irecê, João Dourado, América Dourada, Presidente Dutra, Itaguaçu da Bahia, São Gabriel, Jussara e Central. Outras cidades ainda continuam sendo abastecidas pela Barragem de Mirorós, formando dois sistemas que funcionam de forma integrada.
Segundo Elmo Vaz, ex-superintendente da EMBASA (Empresa Baiana de Águas e Saneamento) e ex-presidente da CODEVASF (Companhia de Desenvolvimento dos Vales do São Francisco), o desafio era muito grande e tal feito fora alcançado após muita luta, principalmente no campo político.
“Mas valeu a pena e comprovamos que, com foco, planejamento, gestão correta dos recursos e vontade política, é possível viabilizar obras estruturantes e promover o desenvolvimento, resgatando a dignidade das pessoas”, avaliou.
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