quinta-feira, 19 de julho de 2012

Estudantes do Cetep de Irecê desenvolvem derivados do umbu


Brigadeiro de umbu, cocada de umbu e umbuzeitona são alguns dos produtos criados pelos estudantes do Curso Técnico em Agroindústria, do Centro Territorial de Educação Profissional de Irecê (Cetep), da Secretaria da Educação do Estado da Bahia. Os produtos fazem parte do projeto Beneficiamento Sustentável do Umbu, elaborado pela professora do curso, Érica Paiva, em parceria com a Empresa Baiana de Desenvolvimento Agrícola (EBDA).
A ideia com esta tecnologia social, de baixo custo, é agregar valor à fruta nativa do Nordeste, processando o umbu de diversas formas, e contribuir para a geração de emprego e renda, sobretudo, na agricultura familiar. De acordo com a professora, foram desenvolvidos 11 produtos na Empresa Baiana de Desenvolvimento Agrícola (EBDA), vinculada à Secretaria da Agricultura, Irrigação e Reforma Agrária (Seagri).
“Os estudantes participaram inicialmente de palestras, para compreender as características da fruta, e depois aplicar os conhecimentos adquiridos na prática”, explicou Érica. Segundo ela, a iniciativa, além de evitar o desperdício do alimento, beneficia o pequeno agricultor. “Por ser uma fruta nativa, ela não precisa do produtor, o que é muito interessante para o pequeno agricultor, por exemplo. O custo é zero, o trabalho é só colher a fruta do pé e aproveitá-la ao máximo”.
Produção sustentável - A estudante Alessandra Santos explica que até a casca é aproveitada. “Fazemos geleias de casca de umbu. É maravilhosa”. Ela diz ainda que a preocupação não se restringe a evitar o desperdício da fruta no período das safras, mas de pensar em uma produção que não cause danos à saúde e seja sustentável, protegendo o meio ambiente. “Nossa produção é toda natural. Não utilizamos nada industrializado. Compotas de umbu e a umbuzada são uma espécie de vitamina de umbu”.
Também estudante do curso, Andréa Fontes diz que os planos são de criar ainda mais produtos derivados do umbu. “A região é rica dessa fruta. Porque não pensar em uma forma de beneficiar a comunidade? Os produtos criados podem ser comercializados e essa é uma possibilidade de sustento interessante e bastante econômica”.
Ações como esta, reafirmam a concepção da Educação Profissional da Bahia, que na matriz curricular prevê o trabalho como princípio educativo e a intervenção social como princípio pedagógico. Além disso, contempla a dimensão ambiental para que os estudantes atendam e se beneficiem do desenvolvimento socioeconômico e ambiental dos Territórios de Identidade onde vivem.

Fonte: Lider Noticias

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