Produção da fruta na região gera receita anual de R$ 100 milhões
A
ocorrência de chuvas induzidas ocorridas na última terça-feira (29) na
Chapada Diamantina deixaram os produtores de abacaxi da região de
Itaberaba esperançosos de reduzir os prejuízos causados pela longa
estiagem. De acordo com Railton Amorim, vice-presidente da Cooperativa
de Produtores de Abacaxi de Itaberaba (Coopaita) a estimativa de perda
da colheita, que começa em junho e vai até novembro, é de cerca de 50%,
mas se chover pelo menos 10 mm os prejuízos serão menores. Ele disse que
o número de frutos não vai aumentar, “mas vão crescer mais e a
qualidade será melhor”. A região, com quatro mil hectares plantados
produz entre 60 e 70 milhões de frutos/ano, e movimenta cerca de R$ 10O
milhões/ano. De acordo com ele, as chuvas que caíram na terça-feira,
induzidas pela tecnologia utilizada pela empresa ModClima foram em média
de 5 mm.
Nesta quarta-feira (30) não aconteceram vôos porque as nuvens não se
tornaram propícias. Equipes de campo, formadas por produtores, técnicos
da EBDA, Adab e da ModClima, que se tornaram “olheiros de nuvens” não
detectaram nuvens consideradas boas para a semeadura de água potável.
Técnicos da empresa continuam na Chapada e novas tentativas podem
ocorrer nesta quinta-feira.
O secretário estadual da Agricultura, engenheiro agrônomo Eduardo
Salles, considera que os resultados obtidos com os primeiros voos foram
promissores, mas destaca que “estamos realizando um projeto piloto,
realizado em condições adversas de seca, com percentuais de êxito
variáveis entre 0 e 40%”.
Para
Alfredo Bezerra, presidente do Sindicato Rural de Itaberaba, os
primeiros resultados foram animadores. Ele disse que o abacaxi é uma
cultura rústica e reage bem com a chuva que molhe a terra, mesmo sem se
acumular no solo. Hernandes Medrado, presidente do Sindicato Rural de
Marcionílio Souza, pensa da mesma forma, destacando que “num momento
crítico como esse, de estiagem prolongada, a chuva que cair, por menor
que seja a quantidade, vai significar importante resultado econômico
para a região”. Ele acrescenta que “essa ação de semear água potável nas
nuvens para induzir chuvas, comprova a eficiência da tecnologia
utilizada peã ModClima, e mostra também que o governo do Estado está
presente, através das secretarias da Agricultura e do Meio Ambiente,
preocupado em amenizar os efeitos da seca e criar alternativas
estruturantes”.
Considerada não poluente, a indução de chuvas localizadas, consiste em
semear água potável nas nuvens com potencial para chuva e acelerar o
processo natural precipitando-as. O procedimento consiste na
pulverização controlada de gotas através de aeronaves equipadas com
tanques de 300 litros de água potável, que fazem as nuvens concentrar
alto índice de umidade e gerar a chuva.
Fonte:
Ascom Seagri
Josalto Alves – DRT-Ba 931
71.9975.2354 3115.2794
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