sexta-feira, 1 de junho de 2012

Chuvas induzidas na Chapada podem reduzir perda da safra de abacaxi

Produção da fruta na região gera receita anual de R$ 100 milhões
A ocorrência de chuvas induzidas ocorridas na última terça-feira (29) na Chapada Diamantina deixaram os produtores de abacaxi da região de Itaberaba esperançosos de reduzir os prejuízos causados pela longa estiagem. De acordo com Railton Amorim, vice-presidente da Cooperativa de Produtores de Abacaxi de Itaberaba (Coopaita) a estimativa de perda da colheita, que começa em junho e vai até novembro, é de cerca de 50%, mas se chover pelo menos 10 mm os prejuízos serão menores. Ele disse que o número de frutos não vai aumentar, “mas vão crescer mais e a qualidade será melhor”. A região, com quatro mil hectares plantados produz entre 60 e 70 milhões de frutos/ano, e movimenta cerca de R$ 10O milhões/ano. De acordo com ele, as chuvas que caíram na terça-feira, induzidas pela tecnologia utilizada pela empresa ModClima foram em média de 5 mm.
Nesta quarta-feira (30) não aconteceram vôos porque as nuvens não se tornaram propícias. Equipes de campo, formadas por produtores, técnicos da EBDA, Adab e da ModClima, que se tornaram “olheiros de nuvens” não detectaram nuvens consideradas boas para a semeadura de água potável. Técnicos da empresa continuam na Chapada e novas tentativas podem ocorrer nesta quinta-feira.
O secretário estadual da Agricultura, engenheiro agrônomo Eduardo Salles, considera que os resultados obtidos com os primeiros voos foram promissores, mas destaca que “estamos realizando um projeto piloto, realizado em condições adversas de seca, com percentuais de êxito variáveis entre 0 e 40%”. 
Para Alfredo Bezerra, presidente do Sindicato Rural de Itaberaba, os primeiros resultados foram animadores. Ele disse que o abacaxi é uma cultura rústica e reage bem com a chuva que molhe a terra, mesmo sem se acumular no solo. Hernandes Medrado, presidente do Sindicato Rural de Marcionílio Souza, pensa da mesma forma, destacando que “num momento crítico como esse, de estiagem prolongada, a chuva que cair, por menor que seja a quantidade, vai significar importante resultado econômico para a região”. Ele acrescenta que “essa ação de semear água potável nas nuvens para induzir chuvas, comprova a eficiência da tecnologia utilizada peã ModClima, e mostra também que o governo do Estado está presente, através das secretarias da Agricultura e do Meio Ambiente, preocupado em amenizar os efeitos da seca e criar alternativas estruturantes”.
Considerada não poluente, a indução de chuvas localizadas, consiste em semear água potável nas nuvens com potencial para chuva e acelerar o processo natural precipitando-as. O procedimento consiste na pulverização controlada de gotas através de aeronaves equipadas com tanques de 300 litros de água potável, que fazem as nuvens concentrar alto índice de umidade e gerar a chuva.
Fonte:
Ascom Seagri
Josalto Alves – DRT-Ba 931
71.9975.2354  3115.2794

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